Conheça o novo conceito de morar bem
A vida moderna exige soluções habitacionais que, mais do que serem belas esteticamente, captem a urgência das necessidades humanas. E, hoje, o conceito de morar bem vai além de uma moradia segura e confortável: é preciso que ela esteja inserida num ambiente com opções de serviços e equipamentos de lazer e educação.
Para o arquiteto Fernando Pasquali, duas variáveis precisam ser analisadas para atingir tal conceito, a localização e a qualidade habitacional. “A localização é determinante da facilidade de acesso que teremos a serviços essenciais. Aí está um dos principais fatores do “morar bem”. A proximidade do trabalho, dos serviços, da escola, do comércio e das opções de lazer que gera melhor qualidade de vida, com ganhos do ponto de vista do conforto, do tempo de deslocamento, da possibilidade de caminhar e da vivência urbana, além de contribuir para uma melhor qualidade da cidade”, opina o arquiteto.
Combinado a isso, projetos de qualidade arquitetônica, com escolha de bons materiais, observando questões como conforto térmico e sonoro, segurança e orientação geográfica que permita bom uso do sol, da luz e da ventilação natural, compõem um panorama central do morar bem. E isso vale também para os conjuntos multifamiliares, onde os equipamentos são de uso coletivo. “Por serem de uso eventual, podem ser compartilhados, gerando o uso mais racional do espaço e dos recursos, além de promover a interação entre os vizinhos. É o caso da academia, do espaço para crianças, da oficina para bicicletas, etc.”, enumera Pasquali.
O arquiteto defende que os projetos dialoguem com o tempo atual, acompanhando a tecnologia e a evolução de processos de produção. “Uma construção contemporânea deve usar os limitados recursos naturais com inteligência, para garantir condições adequadas de desempenho e habitabilidade, com qualidade e flexibilidade para melhor suprir as aspirações e as necessidades atuais e futuras dos usuários, com uma estética adequada ao seu tempo”, pondera.